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Novas oficinas e aumento da quantidade de espetáculos produzidos são algumas das novidades para 2018

Com chegada do Criança Esperança, Lona na Lua quer dobrar número de alunos

Pouco a pouco, a rotina na Associação Cultural e Social Lona na Lua vai sendo retomada. Mas o trabalho este ano promete entrar em ebulição, principalmente graças ao apoio do Criança Esperança. A começar pelo número de alunos. O objetivo é bater a meta de 400 crianças e jovens de 8 a 17 anos matriculados nas oficinas. A procura por vagas é alta, mas ainda é possível se tornar um loneiro. Basta comparecer ao Espaço Cultural Lona na Lua, acompanhado do representante legal, uma foto 3x4 e cópia da identidade ou certidão de nascimento do aluno. “Com certeza após as férias escolares e o carnaval isso aqui vai virar uma loucura (risos). Mais do que nunca estamos prontos para fornecer a máxima estrutura para quem frequentar o Lona, desde lanche e uniforme até o material utilizado nas aulas, como os novos instrumentos musicais e aparelhos circenses”, conta Larissa Novais, uma das responsáveis pela matrícula, juntamente com Zaira Miranda e Fátima Novais, a Tia Fátima.

Além do número de alunos, cresceu também as opções de aprendizado artístico. As tradicionais oficinas de Teatro, Circo, Dança, Música e, mais recentemente Cinema, ganham a companhia das aulas de Roteiro e Cenografia e Figurino. “Nossa ideia é, muito em breve, ter espetáculos 100% produzidos pelos alunos, do texto até aos cenários e figurinos, passando pela direção. Quem quiser poderá viver todas as etapas que compõem esse processo para que, ao sair do Lona, tenha plena consciência de arte e cidadania”, resume Zeca Novais, fundador da instituição. A evolução do trabalho ao longo dos anos também pode ser constatada por ex-alunos da associação cultural e social, como Ariel Perrone, estudante de psicologia, hoje com 23 anos e que participou das oficinas dos 14 aos 18. “Faço parte do Lona até hoje, mesmo não frequentando mais as aulas. Estive presente no início de tudo e não tínhamos quase nada, só material humano mesmo. Mesmo assim nunca deixamos de acreditar que aquilo era um projeto grandioso. Tudo que vem acontecendo nos últimos tempos com o Lona na Lua me orgulha muito e amo ser reconhecida como uma loneira!”, celebra Ariel.

Para atender essa garotada, Zeca conta com a confiança de nove professores. Entre eles, o de música, Ricardo Hoffman, que explica que a relação entre os alunos e oficineiros vai muito além de ensinar determinadas técnicas. “O prazer de alfabetizar uma criança em alguma arte é semelhante ao de alfabetizá-la nas letras. É uma porta que se abre ante a ignorância. Mas muito além da formação artística, ensinamos também na prática noções de queda, de fracasso, de derrota, pois são elas que nos impulsionam a vencer, a resistir e não desistir. Quando cheguei ao Lona na Lua eu era pai de duas filhas, que ali se dirigiam para fazer as oficinas do projeto. Depois de ser convidado a ser professor, sou pai de centenas”, afirma Ricardo.

E todo o trabalho feito embaixo da lona azul estrelada poderá ser conferido pela população riobonitense com mais frequência. O número de espetáculos produzidos com os loneiros passará, inicialmente, de dois para seis em 2018. “Queremos criar essa cultura dos alunos estarem constantemente em aulas e ensaios pois esse processo é muito importante. Estamos implementando uma metodologia que visa uma espécie de rodízio, onde quem hoje está atuando como ator, amanhã está tocando na banda, quem hoje está dançando, amanhã vai operar a luz. Isso cria uma vivência artística e quem sai ganhando é o público, que poderá ver diferentes montagens ao longo do ano”, explicou Gabriele Rangel, oficineira de Teatro. Dando sequência ao estudo sobre Ariano Suassuna, iniciado no ano passado com o “O Auto da Compadecida”, a primeira peça do ano será “O Santo e a Porca”, que já está sendo ensaiada e tem previsão de estreia para 16 de março.

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